LiVE!

Ontem após uma ótima feijoada na casa da Germânia, Sinval e eu fomos parar no cinema. Assistimos o filme "Live", embora seja uma produção de dois anos atrás (2007), somente agora chegou às telas de Roma. Todavia não tinha me programado para assisti-lo, aliás nem mesmo sabia da existência deste. O filme retrata a história de uma produtora de TV, Katie (Eva Mendes) que encanta com seu charme e sensualidade em uma atuação convincente e envolvente. A trama demonstra em backstage a criação de um novo reality show que propõe ao vivo em TV o clássico jogo da roleta russa entre 5 bem dispostos jogadores que topam a loucura de vencer ou morrer em poucos minutos diante das câmeras, pela soma milionária de $ 5 milhões de dólares. O filme é intrigante e envolvente, embora proponha algo ridículo e absurdo para uma rede de TV. Porém com inteligência e competente persuasão Katie consegue aprovar a transmissão do mais novo e ousado programa, embora seja transmitido apenas às 1 da manhã. Cheio de metáforas, aforismas e indiretas ao próprio mundo da mídia o experiente diretor de documentários Bill Guttentag chega às telas com o seu primeiro longa metragem em uma produção intrigante e discussiva sobre o poder da mídia, em particular daquela televisiva, em tempos de crescente e ridículos programas reality show. Interessante notar a deixa do filme: afinal o que importa ao mundo televisivo midiático: crescer na audiência? favorecer o entretenimento ainda que ofensivo e absurdo de alguém que em um jogo milionário arrisca a própria vida por uma sorte ao acaso? Na verdade o filme é uma ótima dica para confrontar uma era social de uma grande massa que se predispõe a reality shows sem medir ulteriores consequências, pois afinal o que importa é o sucesso e o prêmio milionário. O final não posso revelar! Porém se pode prever que programas do tipo devem prosperar em uma sociedade caótica e abelhuda... afinal de louco e curioso todo mundo tem um puco!